Nada de novo sob o sol

“Em Pasárgada tem tudo
É outra civilização”
, Manuel Bandeira

Recentemente peguei-me pensando muito a respeito do estado atual da Lusofonia e para onde as coisas irão. Temos dois grandes expoentes que a maioria dos micronacionalistas concorda: Reunião e Pasárgada. O Sacro Império, logicamente, continua a ser um dos focos de atividade micronacional graças à sua vasta história e contínua reciclagem de súditos e entrada de novas pessoas. Porém, deparei-me com uma pergunta que não soube responder: o que Pasárgada fez pela Lusofonia?

Temos ouvido que a Comunidade Livre de Pasárgada é uma das grandes micronações lusófonas e, quiçá, do mundo, mas não consigo pensar como ou por quê isto aconteceu. Cavocando minhas memórias, meu arquivo micronacional e o Google, não pude encontrar nada de realmente interessante que tenha contribuído algo para a Lusofonia. A Comunidade Lusófona, iniciativa de Pasárgada e Mallorca, que mais tarde teve a adesão de Avalon, causou um grande estardalhaço na época, porém nada de novo foi construído, nem ocorreram fatos importantes que reverberaram pelos anos vindouros. De fato, foi muito difícil lembrar que a CL realmente existiu.

Pode-se falar em idéias que foram exportadas para outras micronações, mas nenhum dos ideais pasárgados foram realmente criados lá. O idéia da ausência de território vem desde 1997 com Econia e The Island, e a união de diferentes formas de governo sob uma entidade surgiu com Orange, no mesmo ano. A própria doutrina socioculturalista, que encontra em Pasárgada seu refúgio, surgiu em Reunião, no Vice-Reino de Maurício. Basicamente, Pasárgada encontra-se no mesmo estado, não tendo evoluído, desde a sua fundação, em 2001.

Sou contra este micronacionalismo estático, vazio de vida, que Pasárgada prega. Não que o resto da Lusofonia seja um marco na atividade e inovação micronacional, mas sinto que entrar para a Comunidade Livre seja como se juntar a um museu. Ficam lá resguardando o passado sem, na verdade, construir o futuro. Pasárgada está freiando o micronacionalismo e tornando o hobby um grande experimento mental, em detrimento da política “mão na massa”, atualmente liderada por Reunião.

Deixo, enfim, minhas congratulações às nações que não seguem o ideal pasárgado: é de vocês o futuro do micronacionalismo.

Ricardo Cochrane, cidadão de Orange

Recentemente peguei-me pensando muito a respeito do estado atual da
Lusofonia e para onde as coisas irão. Temos dois grandes expoentes que
a maioria dos micronacionalistas concorda: Reunião e Pasárgada. O
Sacro Império, logicamente, continua a ser um dos focos de atividade
micronacional graças à sua vasta história e contínua reciclagem de
súditos e entrada de novas pessoas. Porém, deparei-me com uma pergunta
que não soube responder: o que Pasárgada fez pela Lusofonia?

Temos ouvido que a Comunidade Livre de Pasárgada é uma das grandes
micronações lusófonas e, quiçá, do mundo, mas não consigo pensar como
ou por quê isto aconteceu. Cavocando minhas memórias, meu arquivo
micronacional e o Google, não pude encontrar nada de realmente
interessante que tenha contribuído algo para a Lusofonia. A Comunidade
Lusófona, iniciativa de Pasárgada e Mallorca, que mais tarde teve a
adesão de Avalon, causou um grande estardalhaço na época, porém nada
de novo foi construído, nem ocorreram fatos importantes que
reverberaram pelos anos vindouros. De fato, foi muito difícil lembrar
que a CL realmente existiu.

Pode-se falar em idéias que foram exportadas para outras micronações,
mas nenhum dos ideais pasárgados foram realmente criados lá. O idéia
da ausência de território vem desde 1997 com Econia e The Island, e a
união de diferentes formas de governo sob uma entidade surgiu com
Orange, no mesmo ano. A própria doutrina socioculturalista, que
encontra em Pasárgada seu refúgio, surgiu em Reunião, no Vice-Reino de
Maurício. Basicamente, Pasárgada encontra-se no mesmo estado, não
tendo evoluído, desde a sua fundação, em 2001.

Sou contra este micronacionalismo estático, vazio de vida, que
Pasárgada prega. Não que o resto da Lusofonia seja um marco na
atividade e inovação micronacional, mas sinto que entrar para a
Comunidade Livre seja como se juntar a um museu. Ficam lá resguardando
o passado sem, na verdade, construir o futuro. Pasárgada está freiando
o micronacionalismo e tornando o hobby um grande experimento mental,
em detrimento da política “mão na massa”, atualmente liderada por
Reunião.

Deixo, enfim, minhas congratulações às nações que não seguem o ideal
pasárgado: é de vocês o futuro do micronacionalismo.

13 Respostas to “Nada de novo sob o sol”

  1. Raphael Tsavkko Garcia Says:

    Concordo em parte. Pasárgada, em termos de teoria concreta, pouco contribuiu mas, inegavelmente, agregou na época do INPAM e FUPEP, diversos micropatriólogos que posteriormente viriam a criar as bases do que é a micropatriologia lusófona hoje. Mas, é fato, o IPC de MArajó também teve grande relevância e destes institutos os maiores estudos e resultados saíram do livro sobre micropatriologia publicado por dois Reuniãos (eu e o Góes) e o Cava, querendo ou não, veio primeiro de Reunião.

    Pas fala muito, louva muito seu passado mas não inovou realmente, requentou muitas idéias. Quando tentou inova,r com Ning e etc, a idéia morreu.

  2. José Luiz Borrás Says:

    A colocação com relação ao fato de que Pasárgada pouco ou nada contribui com o micronacionalismo é um pouco exagerada. Infelizmente é muito difícil para as micronações acostumadas a rotinas pouco produtivas e que se utilizam do mensagismo e projetos de “tiro curto” entenderem o que o modo de vida pasárgado representa. Tanto que muitos não conseguem levar adiante o nosso ritmo, que exige muita participação, maturidade, disposição e, não raras as vezes, sangue frio.

    Infelizmente, a afirmação que estamos “freiando o micronacionalismo e tornando o hobby um exercício mental”, coloca todos os micronacionalistas em um mesmo patamar: o daqueles que querem mesmo é fazer do micronacionalismo um grande circo e não adimitem modelos contrários. Onde tudo depende das mesmas pessoas e se essas sumirem, tudo acaba. Ou seja, são pessoas que determinam uma idéia própria, se acham donas e não querem que mais ninguém faça diferente, porque senão podem perder sua posição na “história micronacional”.

    O micronacionalismo, como toda ciência humana, deve evoluir e ter variações. E na verdade, a única diferença que há no microncionalismo a já alguns anos é Pasárgada. Basta dizer que é uma das raras micronações lusófonas que ficou ativa durante 8 anos e, em muitas épocas, sem contar com nenhum de seus co-fundadores. Isso seria freiar alguma coisa? Ou seria ter contribuido definitivamente com a criação do verdadeiro espírito de nação? Não seria isso uma contribuição com o micronacionalismo lusófono?

  3. Bruno Cava Says:

    Pasárgada é tão inexpressiva que mobiliza um montão de invejosos para desmerecê-la 😀

    Se Pasárgada não fosse micronação-líder (historica, cultural e presentemente) da Lusofonia, não seria o foco dos debates fora da própria PAS, aliás, no mundico em geral, não-lusófono, nos últimos tempos.

    O sentimento antipasargadista apenas confirma a centralidade de Pasárgada.

    Bruno Cava, editor
    Tribuna Popular – “Jornal, de fato”

    • Rick Says:

      Eu não questiono o fato de Pasárgada ser uma micronação-líder, estou só apontando que é uma péssima líder.

      Ricardo Cochrane

    • Raphael Tsavkko Garcia Says:

      Líder? De quem? Só rindo mesmo!

      Reunião é liderada por Pas? Açores? Orange? Sem dúvida que não, só rindo pra cair nessa.

      Quanto à França, Bélgica, Ortence… Bem, se quiser pode ficar.

      O problema de Pas é achar que é lider, que é moderna, atuante quando, na verdade, não é. É chata.

      PAs acha que é líder ou inovadora por ser realista, bem, o resto do MN acha isto uma piada, um porre, e eu concordo.

      Pas acha que é vanguarda por te um Ning abandonado e… bem, por isso.

      Os institutos de pesquisa que PAs teve tinham mais participação de estrangeiros que de pasárgados…

      E por aí vai… Inveja? haha! Queriam os Pasárgados!

  4. Fábio Says:

    Pascinema, humor micronacional, grandes jornais, Universidade que funciona (mesmo), vários micronacionalistas novos (o que dá à Pasárgada o privilégio de não precisar de caciques)…

  5. Bruno Cava Says:

    Ricardo,

    Quem sabe se você assumir a liderança de Marajó como Protetorado de Orange, como o Paulo sugeriu com insistência ao Crasnek e (obviamente) não foi atendido, nós possamos assistir ao esplendor de uma liderança à altura de seu micronacionalismo exuberante, de suas idéias brilhantes.

    Realmente a Lusofonia ficaríamos impressionados 😉

  6. Rick Says:

    Eu não estou falando em nome de Orange aqui, tampouco falando bem dela. Na verdade, não recomendaria Orange liderar nada no momento político atual. Nem mesmo eu recomendaria meu nome para liderar coisa alguma no micronacionalismo.

    Eu estou aqui questionando esse fetiche por Pasárgada, micronação que tem se dito líder. Não estou me colocando nem outras pessoas e instituições como solução, aponto somente que se vocês forem liderar o micronacionalismo, estamos perdidos.

    Quero que você seja direto e não fique mudando de assunto e atacando pelo simples prazer de atacar. Vocês não valorizam tanto pensar o micronacionalismo? Estou aqui fazendo isso.

    O que eu penso sobre Pasárgada é que, enquanto no resto da Lusofonia, um ano macro são sete, oito anos micro, em Pasárgada é apenas um ano micro. O tempo não passa aí, não é dinâmico, nem estimulante. Escreve-se muito e faz-se pouco, e todos pensam que isso adianta de alguma coisa, mas o micronacionalismo fica chato e enfadonho.

    Por mais que eu possa não concordar com n coisas de Reunião, não posso nega que lá as coisas são interessantes e estimulantes, a cada dia se renova a vontade de se permanecer no micronacionalismo. Enquanto que Pasárgada parece um buraco negro de atividade, onde o tempo pára e nada muda.

    Ricardo Cochrane
    enviado de um celular

  7. Bruno Cava Says:

    Quem parou e nada mais muda há muito tempo é você mesmo, Ricardo.

    • Rick Says:

      Uma bela réplica.
      O que aconteceu com a eloquência? Será que esta discussão não vai acrescentar nada ao micronacionalismo? Não é “boa o suficiente” para Pasárgada? Pensei que fossem teóricos, pensei que íamos discutir teoria versus prática, mas não. É mais fácil atacar as pessoas do que os fatos. Afinal, são técnicas para ganhar discussões!

      • Tiago Carmona Says:

        É a velha receita de discussão à moda antiga Rick…mas antigamente se fazia com propriedade, hoje alguns “dinossauros” que sobraram esqueceram-se do uso da palavra e da eloqûência, e só a usam para elogiarem uns aos outros em Reunião e em PAS, e a atacar quem é contra o que eles acham de puro e verdadeiro.

        Volto depois de 5 anos e nesse aspecto o micronacionalismo continua o mesmo…quer saber Rick…dou-te razão!

        abs

      • Raphael Tsavkko Says:

        Engraçado, não seria esta a tática que o Cava imputa exatamente às micros “atrasadas”, Reunião em especial?


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